sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Rápida depressão...

Sabe dias ruins??
Não sei se acontece com todo mundo, ou se é esse meu lado canceriano fanático que me deixa assim, com  uma necessidade absurda de sofrer. Os dias vão passando e eu ligo o automático. Trabalho de manhã, durmo a tarde e de noite vejo tv para dormir de novo. Quantos dias eu já perdi nessa rotina nem sei dizer. A impressão que tenho é que minha alma tira folga e viaja por outras dimensões enquanto o corpo fica inerte. E quando ela volta, me sinto um tanto pior. Tenho meus medos, mas nada me apavora mais que viver uma vida de mesmice, esse cotidiano medíocre me enche o saco, me sufoca e me dá vontade de romper com tudo, inclusive comigo. Quero movimento, ação, exteriorizar várias coisas bacanas que existem em mim, mas de repente as perco, estou em fuga novamente...
Eu fico chata, na verdade fico insuportável, tal ponto que não me aguento, quem dirá as pessoas mais próximas de mim... E como explicar isso tudo? Impossível.
Impossível dizer para as pessoas que amo "Ei, espera um pouco, logo mais eu volto", ninguém entenderia. Ontem foi um dia desses, não consegui explicar para o Mário que ele não é o culpado pela minha indiferença e mal humor, que é só a vida que me cansa. Tomara que um dia ele entenda, ou que eu consiga envolve-lo menos nessas minhas variações.
Hoje foi diferente, apesar de atrasada, acordei disposta, cheia de idéias, cheia de vontade de viver, de fazer e acontecer... até quando não sei...
Enquanto isso, os dias continuam passando, e entre os bons e ruins vou me segurando, me embriagando de Chico Buarque, como ele me acalma!
Acho que no fundo gostaria de ser só um personagem do Chico, uma dessas mulheres incríveis que ele eterniza. Seria um doce privilégio, e eu, um ser muito mais nobre...

2 comentários:

  1. Em tempo: O Mário me acalma também, não fosse ele, eu não estaria bem hoje.

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  2. Sabe, Ju, sofrer não é um problema, o mal está em sofrer sem objetivo. Nossa condição humana nos enclausura ao sofrimento, mas também ao êxtase e à alegria.
    Eu também estive pensando no sabor da felicidade, quando somos movimento, harmonia e troca, desejando ser também somente leveza. E cheguei à conclusão de que (pode até parecer óbvio, mas não é)a vida é feita mesmo de altos e baixos e ser o que somos é uma tarefa árdua, mas ao mesmo tempo deliciosa...
    Eu gosto do que sou eu...
    aprecio o que é a Juliana.
    Sofrer é o que nos faz perceber um monte de coisas muito importantes, portanto o sofrimento lúcido e direcionado é primordial. Se a gente não sofre existencialmente, se desconhece.
    Um abraço cheio de energia boa.

    ps:Vou postar no meu blog alguns fragmentos da Clarice, que tem me mostrado alguns caminhos, e dedicar a sua postagem.

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