sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Minha musa


Essa noite tive um sonho mitológico. Tudo começou quando me surgiu uma musa grega das antigas. Creio que era uma verdadeira filha de Zeus. Estava sempre onde eu estava e nossas conversas eram muito agradáveis. Na faculdade, em casa, na casa de meu irmão, ela me acompanhava e sua presença era linda, brilhava.
Não sei seu nome, nem perguntei como se chamava. Nos falávamos com naturalidade, comunicação inata. Tinha cabelos longos, castanhos, ligeiramente encaracolados. Usava vestido comprido, solto que detalhava suas curvas bem formadas. Soprava em meus ouvidos canções indefinidas com sua voz melodiosa.
Minha musa se alimentava de chocolate, me disse que era a melhor invenção da modernidade, se esbaldava. Não tinha muito jeito com crianças, quase causou um acidente com a pequena no carrinho de bebê, talvez não quisesse dividir minha atenção, ou não me ouviu quando a alertei sobre o caminhão, por sorte ninguém se feriu.
Íamos para uma nau que nos levaria para a Grécia dela, mas antes do embarque acordei. Fiquei triste por ter deixado que ela fosse sozinha, além de ter perdido oportunidade de conhecer o Olimpo. Quase acordada, tentei voltar, resgatar minha musa e partir para a viagem, mas já era tarde. Tomara que ela esteja me esperando para embarcarmos juntas num próximo sonho.