domingo, 11 de novembro de 2012

Abro mão do recurso verbal. Não há palavras.
Compartilho o que meus olhos viram numa tarde atemporal.









































sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Minha musa


Essa noite tive um sonho mitológico. Tudo começou quando me surgiu uma musa grega das antigas. Creio que era uma verdadeira filha de Zeus. Estava sempre onde eu estava e nossas conversas eram muito agradáveis. Na faculdade, em casa, na casa de meu irmão, ela me acompanhava e sua presença era linda, brilhava.
Não sei seu nome, nem perguntei como se chamava. Nos falávamos com naturalidade, comunicação inata. Tinha cabelos longos, castanhos, ligeiramente encaracolados. Usava vestido comprido, solto que detalhava suas curvas bem formadas. Soprava em meus ouvidos canções indefinidas com sua voz melodiosa.
Minha musa se alimentava de chocolate, me disse que era a melhor invenção da modernidade, se esbaldava. Não tinha muito jeito com crianças, quase causou um acidente com a pequena no carrinho de bebê, talvez não quisesse dividir minha atenção, ou não me ouviu quando a alertei sobre o caminhão, por sorte ninguém se feriu.
Íamos para uma nau que nos levaria para a Grécia dela, mas antes do embarque acordei. Fiquei triste por ter deixado que ela fosse sozinha, além de ter perdido oportunidade de conhecer o Olimpo. Quase acordada, tentei voltar, resgatar minha musa e partir para a viagem, mas já era tarde. Tomara que ela esteja me esperando para embarcarmos juntas num próximo sonho.



quinta-feira, 26 de julho de 2012


As tardes vão passando e você se sente só
Não encontra seu amor
Sua família te abandonou
Como chegou nesse ponto?
O cigarro – último companheiro – acabou
Já é madrugada e você está só
Sua casa e sua vida agora vazias
Nem parece que ontem era festa
Cadê suas companhias?
Está frente a frente com suas misérias
É quando bate o desespero
E acaba o dinheiro
Vai contando moedas
Vai morrendo de medo
Se a inércia não te matar
Se a morte não te abandonar




terça-feira, 29 de maio de 2012

Onde anda você

E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares,
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver,
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
Onde anda você?



(Onde anda você - Vinicius de Moraes e Toquinho)


quinta-feira, 24 de maio de 2012


Deve ter mais de um ano. Íamos para algum lugar, não me lembro onde, mas me lembro de termos perdido o horário e fomos passear pela Paulista.
Adoro andar por aquelas bandas, sempre se encontra personagens e paisagens inusitadas. 
O movimento constante dos carros, as figuras que por ali transitam, a parada pra tomar outros ares no parque Trianon, um barzinho com mesas na calçada pra cerveja, as exposições nos espaços culturais e na própria avenida.
É tudo muito São Paulo, é bem ali que alguma coisa acontece no meu coração...